O dia do profissional de informática ou tecnologia da informação (TI) é comemorado no dia 19 de agosto. Esse dia serve principalmente para lembrar a importância desse profissional no Brasil.
Embora seja uma profissão nova, que surgiu nos últimos 40 anos, hoje ela é essencial para vida das pessoas e empresas. São esses profissionais que permitem que nos mantenhamos conectados e cercados das mais diversas tecnologias.
Essa é uma profissão promissora e com grandes chances de crescimento, mas é dominada pelos homens. As mulheres na tecnologia ainda são minoria.
Segundo uma pesquisa divulgada pelo PNAD ( Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) , apenas 20% dos 580 mil profissionais de TI são mulheres no Brasil. E não é por falta de capacidade e de conhecimento.
Segundo inúmeros pesquisadores esse é um problema que já é enraizado na infância. Pois criou-se o mito de que homens são melhores nas áreas de exatas do que as mulheres.
Essa falta de incentivo e perspectiva colaboram para que poucas meninas se interessem por seguir nas áreas de matemática, engenharia e tecnologia.
Seguindo essa perspectiva que projeta nas mulheres padrões e estereótipos de comportamento, as mulheres tendem a ir para áreas relacionadas ao cuidado, como educação, saúde e comunicação.
Quando as mulheres quebram esse estereótipo e seguem a carreira na área de TI, elas ainda sofrem com outro problema: o preconceito nas universidades.
Além do julgamento dos colegas homens, alguns professores também duvidam ou não valorizam suas habilidades e capacidade de aprender e executar questões técnicas.
Ainda segundo o PNAD, 79% das mulheres que iniciam os estudos na área de tecnologia desistem do curso ainda no primeiro ano e seguem para outras áreas.
O levantamento realizado pelas consultoria Yoctoo, que faz recrutamento de profissionais de TI e digital, revelou que 61,8% das mulheres entrevistadas sofreram com preconceito em universidades e cursos técnicos.
Esse cenário piora com o ingresso no mercado de trabalho, segundo esse mesmo estudo, 82,8% das mulheres já viveu ou presenciou situações de preconceito de gênero em ambientes profissionais.
O machismo estrutural da área colabora para que as mulheres percam promoções para colegas homens menos capacitados, ouçam piadas desagradáveis e até recebam propostas para atuar em áreas que exijam menos conhecimentos técnicos.
Para 42%, o maior desafio é provar a todo o tempo que elas são competentes e conseguem realizar um bom trabalho.
Outros 40% contaram que o maior obstáculo é de não serem respeitadas e reconhecidas por pares, superiores e subordinados do gênero masculino e até por outras mulheres.
Além disso, elas também sofrem com o próprio regime de trabalho predominante na área de tecnologia. A contratação no regime de Pessoa Jurídica (PJ) é muito comum no setor.
Mesmo sendo MEI ( Microempreendedores individuais), o que garante o direito à licença maternidade para grávidas, essa contratação não garante estabilidade.
Muitos contratantes dispensam funcionárias nesse momento, sem indenização, ou exigem o retorno antecipadamente.
Mesmo nesse cenário cheio de obstáculos, a pesquisa levantou que 71% das mulheres na tecnologia acreditam que os ambientes de empresariais estão amadurecendo e trabalhando para tornar a área de tecnologia mais inclusiva para todas.
É comum quando se pensa em grande nomes da área de tecnologia, grandes nomes como Steve Jobs e Bill Gates venham a mente e poucas mulheres sejam lembradas. Seguem quatro mulheres que mudaram a tecnologia e a sociedade.
Ela é considerada a primeira programadora do mundo. Ada escreveu o primeiro algoritmo para ser processado por uma máquina da história no no início do século XIX.
A matemática e escritora inglesa desenvolveu os algoritmos que permitiram computar os valores de funções matemáticas em uma máquina analítica de Chales Babbage.
Além disso, sua mentalidade de “ciência poética” acreditava que os computadores poderiam ir muito além do cálculo ou processamento de números.
Em sua anotações, Ada examinava como a sociedade poderia se relacionar com a tecnologia de forma colaborativa.
Lovelace nasceu em 1815 e morreu aos 36 anos de câncer de útero.
Hoper foi analista de sistemas da Marinha dos Estados Unidos e desenvolveu a linguagem de programação Flow-Matic em 1995.
Essa foi a primeira linguagem assemelhada ao inglês e serviu como base para a criação do COBOL, linguagem orientada para o processamento de banco de dados comerciais.
Outra grande realização de Grace foi a criação do primeiro compilador, de COBOL, sendo a primeira linguagem a se aproximar da comunicação humana ao invés da linguagem de máquina.
Mary Keller – primeira cientista da computação Outro destaque entre as mulheres na tecnologia, Keller era uma freira que se dedicou sua vida a ciência da computação. Inclusive foi a primeira mulher a receber o título nessa área.
Além de cientista, ela também militava pela inclusão das mulheres na tecnologia e ajudou a fundar uma associação infantil para o uso de computadores na educação, o que hoje é comum, mas na época era revolucionário.
A irmã também disse em uma ocasião que “pela primeira vez, podemos simular mecanicamente o processo cognitivo”, já mencionando o conceito d e inteligência artificial, mera ficção na época.
Além de sua tese de doutorado, Mary deixou mais três obras que são referência até os dias de hoje.
Hedy Lamarr – inovou na comunicação Hedy Lamarr, uma atriz e inventora austríaca, em parceria com o compositor Georhe Antheil, criaram um sistema de comunicação inovador para as Forças Armadas dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial. Lamarr possibilitou o que hoje conhecemos como telefonia celular.
Enquanto brincava com o parceiro de trabalho de fazer duetos e mudar as escalas de notas, os dois descobriram que duas pessoas podem conversar mudando frequentemente o canal de comunicação. Para isso, é necessário apenas que os dois façam isso simultaneamente.
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